Albertina Raposo[1]Provedora do Estudante do Instituto Politécnico de Beja. & Filomena Ferreira[2]Provedora do Estudante do ISEG Lisbon School of Economics and Management da Universidade de Lisboa.

Nos tempos conturbados que a sociedade enfrenta, o livro Calming upset people with EAR mostra-nos como lidar com situações de agressividade ou conflituosas, através de ideias práticas para ser capaz de demonstrar compreensão e compaixão, escutar atenta e ativamente sem julgamentos e, mesmo não concordando com o outro ponto de vista, mostrar respeito.

O autor, Bill Eddy, um mediador e terapeuta americano, começou a perceber que Empatia, Atenção e Respeito (EAR) eram três aspetos que, quando presentes, eram capazes de desconstruir registos violentos no diálogo. Para Bill Eddy, EAR é um método que assenta na escolha de frases-chave capazes de alterar o estado emocional de uma pessoa e tanto pode ser usado para desvanecer conflitos desnecessários como apenas para revelar o cuidado com a outra pessoa. Deste modo, é possível acalmar pessoas que estão perturbadas manifestando diversos sentimentos como zanga, medo ou tristeza, por exemplo.

O livro, dividido em 12 capítulos, poderia estar dividido em duas partes; a primeira, capítulos 1 e 2, que abordam a questão das emoções e a prática de ação com EAR e a segunda, do capítulo 3 ao capítulo 12, sobre a aplicação de EAR em circunstâncias várias como em família, em situação de divórcio, no trabalho, nas relações de vizinhança, em grupo, com pessoas conflituosas, em casos com a polícia, em discussões políticas, com estranhos ou connosco mesmas/os.

Assente na premissa de que as emoções são contagiosas e que, portanto, podemos regular as emoções de cada outro/a pelas emoções que expressamos, o autor reforça a importância de evitar os perigos das emoções que conduzem aos distúrbios sem que isto signifique que temos de aceitar todo o tipo de situações sem nos aborrecermos, mas antes que, usando a nossa consciência e emoções, podemos escolher as melhores palavras para usar em cada momento e melhorar o bem estar da outra pessoa.

O segredo parece estar em não colocar a tónica no “tu contra mim”, mas antes no “nós contra o problema”. Em oferecer à pessoa perturbada, algumas frases sinceras que demonstrem o interesse no seu bem-estar.

A partir do capítulo 3, Calming upset people with EAR exemplifica como aplicar EAR em diversas situações. Bill Eddy apresenta um conjunto de diálogos-exemplo e a partir de cada diálogo, ajuda o leitor a perceber se a linguagem usada é ou não EAR e, caso não, propõe alterações no diálogo sempre chamando à atenção para as particularidades de cada situação-exemplo.

Ao longo da leitura do pequeno livro é notória a vontade do autor de que Calming upset people with EAR possa ser uma ajuda na promoção de conhecimentos, competências e atitudes necessários para criar mudanças no comportamento perturbado de alguém com quem temos que nos relacionar. Desta forma, será possível prevenir conflitos e violência e criar as condições para a solução pacífica de problemas. Neste sentido, consideramos o livro um guia centrado, pelo cuidado com o modo como nos comunicamos, na promoção de uma educação para a paz.

References
1 Provedora do Estudante do Instituto Politécnico de Beja.
2 Provedora do Estudante do ISEG Lisbon School of Economics and Management da Universidade de Lisboa.
ARQUIVOS
[1]Provedora do Estudante do Instituto Politécnico de Beja. & Filomena Ferreira[2]Provedora do Estudante do ISEG Lisbon School of Economics and Management da Universidade de Lisboa. Nos tempos conturbados que a sociedade enfrenta, o livro Calming upset people with EAR mostra-nos como lidar com situações de agressividade ou conflituosas, através de ideias práticas para ser capaz" data-link="https://sinergiased.org/calming-upset-people-with-ear/">

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1 Provedora do Estudante do Instituto Politécnico de Beja.
2 Provedora do Estudante do ISEG Lisbon School of Economics and Management da Universidade de Lisboa.