- Edição: Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESE-IPVC)
- Autoria: Alexandra Esteves, ESE-IPVC; Ana Barbosa, ESE-IPVC; Eliana Madeira, Graal; Gabriela Barbosa, ESE-IPVC; Joana Oliveira, ESE-IPVC; Jorge Cardoso, FGS; La Salete Coelho, ESE-IPVC; Luísa Neves, ESE-IPVC; Teresa Gonçalves, ESE-IPVC
- Coordenação: Luísa Neves, ESE-IPVC e La Salete Coelho, ESE-IPVC
- Língua: Português
- Data de publicação: janeiro de 2018
- Número de páginas: 274
- Acesso: http://portal.ipvc.pt/images/ipvc/ipvc/pdf/manual_final_pages.pdf
Os temas e subtemas de ED propostos pelo Referencial de Educação para o Desenvolvimento – educação pré-escolar, ensino básico e ensino secundário, aprovado em agosto de 2016 e editado pelo Ministério da Educação, foram analisados tendo em conta as metas curriculares do 1.º e 2.º CEB no sentido de aferir os mais suscetíveis de serem cruzados com conteúdos de diferentes áreas disciplinares. Depois de identificados esses temas e subtemas, as metas curriculares foram revisitadas de modo a definir os conteúdos programáticos que se poderiam mais facilmente articular com os objetivos do Referencial de ED.
Cada capítulo contém propostas didáticas direcionadas para o 1.º ciclo ou para o 2.º ciclo do Ensino Básico, com a exceção dos capítulos 1 e 5 nos quais se apresentam propostas didáticas para ambos os níveis. Resulta assim um total de nove propostas didáticas que contemplam as seguintes áreas disciplinares do 1.º CEB: Português, Matemática e Estudo do Meio; e do 2.º CEB: Português, História e Geografia de Portugal, Matemática e Ciências Naturais. Considerando a organização curricular do 1.º CEB, as propostas didáticas para este nível foram elaboradas prevendo uma estreita articulação interdisciplinar, enquanto para o 2.º ciclo há a possibilidade de uma maior independência nas atividades propostas para cada disciplina.
Em coerência com os valores subjacentes à ED/ECG, as propostas didáticas foram elaboradas para contemplarem o desenvolvimento do pensamento crítico e o confronto e debate entre diferentes visões ou perspetivas, a compreensão da interligação local/global e a implicação pessoal e coletiva na transformação social. Por outro lado, integram princípios de pedagogia ativa, como a ligação das aprendizagens às experiências pessoais e realidades quotidianas e a construção de ambientes de aprendizagem positivos e colaborativos, onde a partilha, o desafio e a reflexão estão presentes. Procuram ainda respeitar alguns princípios de ordem pragmática, como a adaptação à realidade das salas de aula, a flexibilidade de tempo e de estratégias e a exequibilidade ao nível dos materiais.
Sugere-se uma total liberdade na apropriação das propostas didáticas e dos anexos apresentados, podendo inclusivamente ser adaptadas a outros anos de escolaridade. Por exemplo, poderão ser a base de um projeto de turma abordado em diferentes disciplinas ou constituir uma atividade desenvolvida numa ou outra disciplina de maneira mais isolada, conforme for mais adequado às condições específicas existentes. Por outro lado, a duração das atividades é meramente indicativa, sendo possível realizar algumas das propostas didáticas num tempo mais limitado ou desenvolvê-las ao longo de um período mais alargado, ou mesmo ao longo de um ano letivo.
Pretende-se que este recurso educativo sirva de inspiração a docentes que desejem enriquecer a sua prática pedagógica através da integração dos objetivos de ED/CG nos currículos.
[1] Este projeto, decorrido entre 2015 e 2018, tem como objetivo promover e apoiar a integração das temáticas de Educação para o Desenvolvimento e para a Cidadania Global (ED/ECG) no currículo do Ensino Básico e envolve dezassete organizações (Organizações Não Governamentais, Autoridades Locais e Instituições de Ensino Superior) de dez países europeus.